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Pais de autista

Pais de Autista


Hoje estou iniciando uma série de textos que terá como conteúdo a minha vivência com um autista, o meu filho.

Talvez você pense que vou contar algo triste, por causa disso, mas não, não vou contar nada triste, ao contrário disso.

Meu filho nos trouxe muita alegria; nossa casa se encheu de alegria.

Atualmente, na data de hoje, meu filho tem três aninhos. Nesse momento de escrever, não quero diminuir as dificuldades que um pai e uma mãe têm com um filho com transtorno do espectro autista. Sei que não é fácil, mas a cada momento é gratificante.

Alguns sinais de que o meu filho era autista foram ignorados por nós,  especificamente eu, minha esposa já percebia algo. Talvez a médica que tratou a minha esposa já soubesse, mas não quis contar, ela chegou a contar algo semelhante antes do bebê nascer, talvez seja porque muitas crianças nasceram com TEA.

Quando minha esposa estava grávida, alguns meses, o Brian não ficava quieto na barriga dela, mexia-se muito. Quando ela comia alguma coisa, ele se aquietava, desde cedo é bom para comer.

Quando nasceu, logo começou a querer ficar sentado ou em pé, e depois de alguns meses, ao andar, ficava na ponta dos pés. Pensávamos que ele havia adquirido esse costume de andar devido ao andador (anda-já), não sabíamos que era um sinal de que ele era autista.

Como ele demorou a falar, sem balbuciar, minha esposa ficou desconfiada. Ela me contou e eu fiquei revoltado, não queria aceitar.

Ela marcou uma consulta com o médico pediatra, fomos, eu não gostei nada, mas fui. Quando o médico disse que ele era autista, fiquei revoltado com o médico. Eu era muito apegado a ele, então senti muito essa notícia.

Foi difícil aceitar o diagnóstico do médico. A cada dia ele mostrava mais os sinais de ser autista, e eu e minha esposa começamos a pesquisar mais sobre o assunto, ou melhor, ela pesquisava e me mandava.

Talvez a minha preocupação fosse: como ele seria ao longo da vida? Casaria? Aprenderia a se vestir sozinho? Estudaria? E muitas outras perguntas enchiam minha cabeça.

Cada dia é uma nova história com o meu filho Brian; ele tem uma nova aprendizagem a cada dia, e cada vez que ele aprende algo novo, é uma surpresa para os papais babões.

Mas quero dizer uma coisa: a síndrome do autismo não é um bicho de sete cabeças. É nesse momento de aflição que podemos entender que Deus enviou esse autistazinho para nos ajudar a viver uma vida mais próxima das pessoas e viver em amor.


Siga-me nas próximas postagens.


Pais de autista - Primeiro dia de aula


Antonio Neto

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