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Saiba porque o filme Coringa despertou a ira da esquerda

Simples, o filme simplesmente se recusa a ceder aos anseios destes. Se recusa a adotar o lugar-comum e entregar aos justiceiros sociais o que eles exigem. Que é subserviência completa à agenda ideológica progressista.

Num mundo onde a esquerda luta dia e noite para dividir e categorizar os cidadãos com base numa escala de vitimismo, o Coringa representado por Joaquin Phoenix se localiza precisamente no ponto mais inexpressivo (e menos importante) dessa escala . Na pirâmide hierárquica do vitimismo, ele é o ser mais baixo: homem, branco e hétero. Para os progressistas, todos os males do mundo derivam deste tipo de pessoa, que deve ser sempre atacada e lembrada de seus “privilégios”, não humanizada.

É natural então que, o esquerdista se irrite quando as aflições, medos e transtornos de um personagem com essas características, sejam mostrados ao público em toda sua crueldade. O progressista simplesmente não vê sentido em mostrar que alguém assim pode sofrer. O homem branco e hétero é o maior vilão dos justiceiros sociais. Expor seus problemas e sua decadência mental, social e espiritual, é torná-lo humano. E isso pra eles é inaceitável.

O diretor toma muito cuidado para sempre mostrar que, apesar de todo o sofrimento de Arthur, suas ações criminosas são maldosas. O filme deixa claro que o ser humano está se desfazendo, dando lugar a um monstro. Apresenta o declínio de Arthur, sem justificar moralmente seus crimes. O que derruba o chilique oficial progressista de que a produção incentivaria homens problemáticos a cometer crimes. Velha falácia dos que querem subjugar a cultura.

Mas o que mais irritou os esquerdistas, com certeza foi o balde de água fria intelectual que o diretor Todd Phillips jogou em suas cabeças. -(SPOILER) A Gotham do filme é claramente baseada na Nova Iorque dominada pelo crime dos anos 80. Em certo momento (após suas ações criminosas), o Coringa começa a ser visto como um símbolo de resistência contra os poderosos e os ricos. Tudo perfeito para que o diretor prestasse uma homenagem à eterna ideia progressista de luta de classes e ódio ao sucesso, fazendo a alegria da brigada vitimista da esquerda.

Mas, brilhantemente, o filme foge desse lugar-comum. O próprio Coringa diz que seus atos não tem nenhum teor político. São apenas a manifestação de seus problemas pessoais combinados com a apatia da sociedade para com ele.

Os vitimistas teriam perdoado a atenção dada ao sofrimento de um homem branco e hétero, se esta fosse uma premissa para prestar uma homenagem à agenda esquerdista de “justiça social”. Não foi o caso. E isso, para os fiscais da cultura, é imperdoável.

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