Autoestima Exagerada: Quando o Amor-Próprio Passa do Limite
Ter autoestima é fundamental para uma vida saudável. Quando nos valorizamos e acreditamos em nosso potencial, enfrentamos os desafios com mais coragem e equilíbrio. No entanto, quando essa autoestima se transforma em exagero, o que deveria ser algo positivo pode se tornar perigoso — tanto para quem sente quanto para quem convive com essa pessoa. Neste artigo, vamos falar sobre os riscos da autoestima exagerada e como ela pode afetar relacionamentos, decisões e até o crescimento pessoal.
1. Autoestima exagerada não é confiança — é ilusão
Uma pessoa com autoestima exagerada geralmente acredita que está sempre certa, que é melhor que os outros e que nunca erra. Isso não é autoconfiança, é arrogância. A verdadeira autoestima reconhece qualidades, mas também aceita limites e falhas. A pessoa equilibrada sabe que ainda tem o que aprender.
2. Dificuldade em ouvir críticas ou conselhos
Quem tem autoestima inflada costuma rejeitar qualquer tipo de crítica, mesmo quando ela é construtiva. Isso impede o crescimento, pois toda evolução começa com o reconhecimento de que algo pode ser melhorado. O excesso de amor-próprio faz com que a pessoa se feche para feedbacks, o que a mantém estagnada.
3. Relacionamentos prejudicados
Pessoas com autoestima exagerada tendem a:
Querer ser o centro das atenções
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Menosprezar os outros
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Interromper conversas para se impor
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Ter dificuldade em pedir desculpas
Com o tempo, isso afasta amigos, parceiros e colegas de trabalho, porque ninguém gosta de conviver com alguém que parece se achar “superior”.
4. Tomada de decisões impulsivas
A falsa confiança leva muitas pessoas a tomar decisões sem pensar, acreditando que tudo dará certo apenas por mérito próprio. O problema é que esse tipo de atitude ignora riscos, ignora a necessidade de planejamento, e pode gerar fracassos que poderiam ser evitados com um pouco mais de humildade.
5. Não saber lidar com derrotas
Quem acha que nunca vai errar, sofre muito quando as coisas dão errado. A autoestima exagerada cria uma ilusão de invencibilidade. Quando essa bolha estoura, a queda é dura. Algumas pessoas entram em negação, outras entram em crise. Ter equilíbrio é essencial para aceitar tanto as vitórias quanto as derrotas com maturidade.
6. Confundir autoestima com orgulho
A autoestima saudável é silenciosa, tranquila e humilde. Já a autoestima exagerada muitas vezes esconde insegurança e necessidade de aprovação. Pessoas assim vivem de aparências, sentem necessidade de se autoafirmar o tempo todo e, por dentro, não são tão seguras quanto parecem.
Autoestima é importante, mas como tudo na vida, precisa de equilíbrio. Nem de menos, nem de mais. Amar a si mesmo é aceitar quem se é — com qualidades e defeitos. Quando o amor-próprio ultrapassa os limites e se transforma em arrogância ou prepotência, ele deixa de construir e começa a destruir. Por isso, é fundamental manter o pé no chão, valorizar o que se tem, mas com humildade para crescer sempre mais.
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