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Até o Último Homem - Conta a história de um homem que foi para a guerra sem arma


O filme chama-se “Até o Último Homem” (“Hacksaw Ridge”) e conta a história do soldado estadunidense Desmond Thomas Doss.


Ele foi para a guerra sem armas, mas salvou 75 fuzileiros sem disparar um único tiro

Desmond Thomas Doss, um soldado do exército americano durante a Segunda Guerra Mundial, converteu-se no primeiro objetor de consciência -pessoas que seguem princípios religiosos, morais ou éticos que são incompatíveis com o serviço militar- a receber a Medalha de Honra por salvar mais de 75 soldados feridos pondo em risco sua própria vida.

Desmond Doss nasceu em 7 de fevereiro de 1919 em Lynchburg, no estado de Virginia (EUA). Seus pais, Tom e Bertha Doss, criaram-no sob a doutrina e as crenças da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Desde muito cedo, Desmond foi muito influenciado pela Bíblia, particularmente pelo mandamento de não matar. Em abril de 1942, Desmond foi recrutado pelo Exército dos Estados Unidos, o problema era que ele seguia se negando a portar uma arma; de modo que foi alistado como objetor de consciência (ainda que gostasse de dizer que era um “cooperador de consciência” e que desta forma poderia “servir a Deus e ao país”).

Inscrito ao Corpo Médico da 77ª Divisão de Infantaria, o estrito seguimento de seus ensinamentos religiosos, inclusive o respeito pelo sábado (shabat) como dia de repouso, lhe acarretaram contínuos deboches de seus colegas e atos de indisciplina ante seus comandos.

Em maio de 1945, no assalto anfíbio dos aliados à ilha de Ryukyu de Okinawa, um batalhão de fuzileiros navais foi enviado par tomar uma posição japonesa sobre um despenhadeiro de 120 metros. Depois de escalar aquela parede, foram recebidos por um intenso fogo inimigo. Desmond viu como seus colegas caíam como moscas e em vez de refugiar-se -como fizeram outros soldados- conseguiu retirar daquela ratoeira mais de 75 fuzileiros feridos, arrastando-os ou carregando um a um, para levá-los até a borda da escarpa desde onde seriam baixados com cordas.


Indicados aos Oscars de:
- Melhor Filme
- Melhor Direção
- Melhor Ator (Andrew Garfield)
- Melhor Montagem
- Melhor Edição de Som
- Melhor Mixagem de Som

Depois que Kathryn Bigelow deu uma chacoalhada em Hollywood com "Guerra ao Terror", levando os Oscars de "Melhor Filme" e "Direção" em 2010 (alguém lembra desse?), a cota “filmes de guerra” foi consolidada. Claro, filmes bélicos concorrem (e vencem) o Oscar há muito tempo – “Asas”, o primeiro vencedor do prêmio máximo lá em 1930, é um longa sobre guerra –, porém, nessa nova década, esses filmes têm ganhado grande visibilidade e, quase sempre, saem dentro do mesmo molde.

De “Guerra ao Terror” até hoje, a categoria “Melhor Filme” já abrigou “Cavalo de Guerra”, “A Hora Mais Escura”, “Sniper Americano” e, na edição de 2017, “Até o Último Homem”, indicado a outras cinco categorias. Dirigido por Mel Gibson, que já tem o Oscar de “Melhor Filme” e “Direção” na estante por “Coração Valente”, o longa marca o fim do hiatus de 10 anos do diretor – seu último filme foi “Apocalypto”, em 2006.



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