Arqueólogos encontram templo do período do Reino de Judá, de quase 3 mil anos

Um time de arqueólogos anunciou a descoberta de um templo antigo na área de Tel Lachish, no sul de Israel, datando de cerca de 2,7 mil anos atrás, durante o período do Reino de Judá. A descoberta foi compartilhada pela Autoridade de Antiguidades de Israel, e o achado é destacado como um dos poucos templos desse tipo encontrados no país.

O sítio arqueológico remonta ao período do Primeiro Templo (1200 a 586 a.C.), localizado próximo à histórica cidade de Lachish, um importante centro administrativo e militar do Reino de Judá. A construção foi identificada como um espaço religioso, cujas características arquitetônicas refletem práticas espirituais daquele tempo.

Dentro do templo, foram encontradas evidências de rituais religiosos, como um altar de pedra com chifres nas extremidades, que é mencionado na Bíblia Hebraica como parte dos altares de sacrifício. Além disso, marcas no piso e vestígios de cinzas indicam que cerimônias envolvendo oferendas eram realizadas ali.

Entre os itens descobertos, estavam fragmentos de cerâmica com inscrições em hebraico antigo, selos reais e pequenas estatuetas de deuses, o que sugere uma influência de culturas vizinhas nas práticas religiosas locais. Os arqueólogos acreditam que o templo fazia parte de um complexo religioso mais amplo, relacionado à administração do reino.

Exploração histórica O local foi inicialmente explorado na década de 1930 por uma expedição britânica, mas as escavações recentes, que começaram em 2015, permitiram descobrir a real importância e a magnitude do sítio.

Os pesquisadores descobriram que o templo foi intencionalmente destruído e enterrado no final do século VII a.C., provavelmente durante as reformas religiosas do rei Josias, que visavam centralizar o culto em Jerusalém.

A descoberta oferece novos entendimentos sobre as práticas religiosas e a organização política do Reino de Judá, além de fortalecer a conexão entre as evidências arqueológicas e os relatos bíblicos.

 Com informações: Correio Braziliense.